Buscapé

sábado, 2 de março de 2013

Matricialidade Familiar

                     A Constituição Federal de 1988 consagrou a família como a base da sociedade requerendo do Estado  o papel de eixo fortalecedor dessa instituição social, se dispondo a proporcionar apoio desempenho de suas responsabilidades. Esse pressuposto é reafirmado também em outras legislações como na Lei Orgânica de Assistência Social, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Estatuto do Idoso. O reconheceimento da importância da família a coloca como instituição central na Política de Assistência Social (PNAS).
Matricialidade socio familiar - parte da concepção de que a família é o nucleo protetivo intergeracional, presente no cotidiano e que opera tanto o circuito de relações afetivas como de acessos materiais e sociais. Fundamenta-se no direito a proteção social das famílias, mas, respeitando seu direito a vida privada . A centralidade recoloca a responsabilidade do Estado de apoiar as familias, no seu papel de proteger os seus membros e individuos.É um eixo estruturante da politica de Assistência Social, importante para a concepção e a implementação dos serviços, programas, projetos, beneficios e trasnferências de renda. Nessa perspectiva, a Assistência Social supera o conceito de família como unidade econômica, mera referência de calculo de rendimento per capita e a entende como núcleo afetivo vinculado por laços consanguineos, de aliança ou afinidade, que circunscrevem obrigações reciprocas.

 
 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Plano de trabalho com a comunidade


TRABALHO COM COMUNIDADE
Objetivos:
Conhecer e analisar as características da comunidade e serviços que ela oferece.
Estabelecer um relacionamento entre comunidades e instituição.                                
Desenvolver ações conjuntas com as instituições locais, fazer busca ativa.

Estratégias:
Pesquisas históricas em órgãos oficiais e entre moradores
Entrevistas, visitas, mapeamento de serviços, pontos de cultura e lazer, educação e saúde.
Participação ativa nas ações da comunidade

Resultados:

Conhecimento e valorização da cultura local
Fortalecimento das relações
Estabelecimento de parcerias


Busca Ativa

Definição:Refere-se à procura atenta com o objetivo de identificar as situações de
vulnerabilidade e risco social do território de abrangência, bem como suas
potencialidades. O objetivo central da busca ativa é compreender a realidade social, para
além dos estudos e estatísticas gerais, a fim de conhecer a dinâmica do cotidiano das
populações, e realidade vivida pelas famílias, as relações que estabelece, os apoios e
recursos com que conta, seus vínculos sociais e atuar sobre as situações de
vulnerabilidade e risco social. O conhecimento das vulnerabilidades sociais, das
situações de desigualdades a partir dos territórios, pauta-se na dimensão ética de incluir
‘os invisíveis’. A busca ativa tem por foco os potenciais usuários do SUAS cuja
demanda não é espontânea ou encaminhada por outras instâncias, bem como o público
priorizado pelo Serviço, sendo elemento fundamental para a prevenção de situações de
risco. A busca pró-ativa identifica também as potencialidades e recursos culturais,
econômicos, sociais, políticos, a oferta de serviços setoriais e acessos da população a
esses serviços, as redes de apoio formais e informais das famílias e as necessidades de
articulação da rede socioassistencial para a efetividade da proteção social. 

                                     
Este  poderá estar junto com o Plano de Trabalho Social, não postei junto, para que o exemplo de modelo fique mais claro.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Modelo de Plano de Trabalho Social


Fizemos este plano de trabalho em 2009/2010, para atender uma comunidade na zona oeste de São Paulo, vou deixá-lo aqui como modelo ou ideia.


IDENTIFICAÇÃO:
Plano de Trabalho Social

OBJETIVO GERAL:
Acolher e oferecer oportunidades para que os usuários reconheçam e desenvolvam suas potencialidades e se percebam como sujeitos de direitos e deveres.
   
OBJETIVO ESPECÍFICO:


  • Propiciar às famílias atendidas, atividades e processos sócio-educativos, por meio de reuniões, palestras e oficinas, que repercutam em oportunidades, garantindo nas ações a participação do indivíduo na opção e construção do seu projeto de vida.



  • Promover ações que ajudem os usuários a conscientização e interação com problemas existentes na sociedade.



  • Oferecer um acompanhamento que priorize e considere as necessidades e singularidades apresentadas por cada usuário e discutir a participação da família através de orientações, palestras, dinâmicas de grupos, entre outros.



  • Priorizar momentos de troca, cuidado, atenção, solidariedade e ação em conjunto para transformação da realidade.

       
METODOLOGIA:

A metodologia do trabalho para a realização das estratégias, se adequará às necessidades dos usuários, familiares e grupos atendidos, reconhecendo suas realidades e práticas, assim, progressivamente, podendo chegar a ações transformadoras.

 Atribuições Serviço Social

  • Assegurar os direitos dos usuários.
  • Orientar a população atendida, e seus familiares quanto acesso à busca de seus direitos e deveres.
  • Coordenar o atendimento a população atendida, acolhida, escuta, orientações e encaminhamentos.
  • Fazer acompanhamento individual, grupal e familiar.
  • Assegurar um processo de contato junto aos familiares.
  • Acompanhar o trabalho com a Instituição
  • Articulações externas.
  • Visitas Institucionais.

Estratégias:

  • Supervisão Gerencial:
  • Reunião semanal 
  • Planejamento mensal.
  • Levantamentos de dificuldades.
  • Estudos de casos.
  • Elaboração de atividades.


Plantão Social:


  • Informações sobre a natureza, objetivos e rotinas dos serviços, incluindo as normas de funcionamento e os direitos dos usuários do serviço.



  • Garantia de espaço onde o usuário possa ser ouvido,orientado e encaminhado dentro das suas necessidades pessoais e sociais, através de procedimentos de referência e contra referência à rede sócio assistencial.



  • Informações e referências para o demandatário de serviços providos pelas redes locais, distritais, regionais, municipais, estaduais, proteção social, órgãos de defesa de direitos, redes de ajuda e programas e serviços públicos, procedendo a encaminhamentos com resolutividade adequada ás necessidades apresentadas durante entrevista.


Reuniões sócio educativas


  • Desenvolvimento do convívio, oportunidades de convivência.
  • Oferecimento de espaços para estar e para lazer.
  • Promoção de atividades orientadas para o desenvolvimento de sociabilidade, através da construção de vínculos interpessoais, intergeracionais, familiares, de vizinhança e societários, na perspectiva da inserção sociocultural e do fortalecimento da cidadania.


 Visita Domiciliar

Realizar acompanhamento de acordo com a necessidade de cada usuário do programa.

 Controle e Avaliação

A avaliação e controle se darão mensalmente no decorrer do desenvolvimento do trabalho e em momentos específicos, conforme os planejamentos realizados, levando-se em consideração os indicadores;

_ nº de pessoas atendidas;
_ nº de pessoas orientadas;
_ nº de pessoas encaminhadas;
_ nº de participantes nas diferentes atividades programadas
                                

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Centralidade na família


Semelhante o que preconiza a Politica Nacional de Assistência Social (2004), na proteção básica, o trabalho com as famílias deve considerar novas referências para a compreensão dos diferentes "arranjos" familiares, ultrapassando o tempo e o espaço para o reconhecimento de um modelo único baseado na família nuclear, e partindo do suposto de que são funções básicas da família  prover a proteção e a socialização dos seus membros: ser referência de vínculos afetivos, sociais e de identidade grupal além de ser mediadora das relações entre seus membros e a vida social.
Através do eixo estruturante da Matricialidade Sócio-Familiar, o atendimento na Politica de Assistência Social, passa a ter centralidade na família e seus membros, pois considera-se que nela encontra-se todos os segmentos.
O lugar da família nas Políticas Sociais é necessário pelo fato de que á sua situação de pobreza está diretamente ligada a má distribuição de renda, onde o modo de produção capitalista não garante pleno emprego, ficando as famílias em situação de vulnerabilidade, havendo a necessidade da inclusão social através das politicas sociais ofertadas pelo Estado. No Brasil o grau de vulnerabilidade vem aumentando, dadas as desigualdades, próprias de sua  estrutura social, onde cada vez mais se nota a exigência de as famílias desenvolverem formas estratégicas para manterem a sobrevivência (Mioto,2000) 
Podemos dizer que gradativamente a Assistência Social tem avançado, temos muitas vitórias para comemorar,mas, também temos muito a fazer. Cabe  a nós continuarmos na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

                                      

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Assistente Social e o atendimento familiar

É de reconhecida importância o conhecimento que o profissional de Serviço Social deve ter do seu espaço dentro da instituição e da equipe, para que possa interpretar os fatores sociais,e econômicos que permeiam a realidade de nossos usuários e de seus familiares,orientando na globalidade nos aspectos psicossociais.
Cabe ao Técnico, promover uma ação educativa, visando desencadear um processo reflexivo nos atendidos  e familiares, a ação educativa é fundamental,possibilita o desenvolvimento de projetos na comunidade.
Atualmente é comum que outros profissionais confundam a atuação do Serviço Social, por isso é importante que o Assistente Social tenha definido para si seus objetivos, funções e atividades,valorizando sua prática , o que pode ser facilitado pela elaboração de um projeto de atuação
Atividade de Grupo


A atividade de grupo é um procedimento muito utilizado pelo profissional de Serviço Social.O objetivo é que através de experiências, capacitar indivíduos a melhorarem seu relacionamento social e enfrentarem de modo mais eficaz seus problemas sociais, grupais e comunitários. Oferece vantagens como propiciar a troca de experiências entre as pessoas com situações semelhantes e, principalmente favorecer um melhor relacionamento entre os atendidos.

                                                   

domingo, 6 de janeiro de 2013

Reflexão Trabalho Social

É certo que o trabalho com famílias é parte do dia a dia das Assistente Sociais em quase todas áreas de intervenção. Entretanto de acordo com Mioto (2004)" ainda que  da longa tradição no trato com famílias as ações das assistentes sociais continuam sendo considerada muito abaixo das exigências que estão sendo colocadas. Para a autora houve grandes conquistas na profissão como o aprofundamento da discussão teórico metodológica e ético-política ocorrida no Serviço Social nas últimas décadas.
Acreditamos  que as famílias estão buscando mais os seus direitos, através dos trabalhos  sócio educativos, os vínculos estão sendo fortalecidos, elas sentem confiança  no trabalho realizado.
 Pensar no trabalho dentro deste contexto exige criatividade dos profissionais envolvidos, afinal, como discutir temáticas importantes e, também, delicadas como o abuso sexual das crianças e adolescentes, violência de gênero ou o papel do idoso? Frente a isso a equipe de profissionais se utiliza de arranjos criativos para o trabalho indo além das reuniões socioeducativas  dos atendimentos, e das visitas domiciliares, exemplos como: dramatização, teatro itinerante, caminhadas,passeatas e etc.
O trabalho social não ocorre de maneira isolada,observa-se a família a partir de um olhar multiprofissional. Espera-se que as ações desenvolvidas junto as famílias atendidas fomentem agentes multiplicadores que levem para suas casas, suas famílias  sua comunidade o espirito de criatividade,  de reconhecimento de possibilidades e o sentimento de união, fraternidade respeito e troca

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Família Brasileira na Contemporaneidade


Família Brasileira na Contemporaneidade

A sociedade contemporânea há algum tempo vem sofrendo profundas mudanças, trazendo significativas repercussões nas relações de trabalho e de produção. Na era da globalização da economia, das inovações tecnológicas (robótica, automação, microeletrônica), tem sido preponderante a flexibilização[19] dos processos de trabalho, determinando novas modalidades de produção, gestão e consumo da força de trabalho.
O que se presencia no momento é uma crise estrutural do capital, que teve início nos anos 70 e que perdura até nossos dias. Assim, o capital, em busca de respostas à sua crise, deflagra um processo de reestruturação produtiva, trazendo profundas mudanças no mundo do trabalho.
O Brasil é profundamente atingido pelas transformações originadas pela globalização dos mercados e o avanço do Neoliberalismo. Na atualidade, o país vive um momento de redefinição, porque os rearranjos políticos internacionais aprofundaram ainda mais as diferenças, por um lado a concentração da riqueza e por outro o empobrecimento da população, afetando principalmente o mundo do trabalho, apresentando altos índices de desemprego e novos modelos de organização e estruturação, causando a flexibilidade e a precariedade nos vínculos de trabalho. Reduzindo cada vez mais as responsabilidades do Estado sobre a seguridade social e os direitos sociais da população.